Publicado dia 09 de julho de 2025.

Sugere-se que idosos DESNUTRIDOS ou em RISCO NUTRICIONAL e com NECESSIDADE DE AUXÍLIO, devido a limitações funcionais e cognitivas, recebam assistência durante a refeição para promover uma ingestão alimentar adequada.

A necessidade de assistência às refeições pode incluir:

• Orientação verbal;

• Adequar à montagem das bandejas;

• Posicionar confortavelmente os pacientes;

• Auxiliar na abertura da embalagem de bebidas e alimentos;

• Auxiliar na alimentação (realizar o direcionamento de assistência física no momento do ato de comer e beber);

• Estimular a ingestão;

• Oferecer suporte social durante as refeições.

Todos os idosos dependentes quanto ao ato de alimentação, beneficiam-se da assistência e de técnicas apropriadas durante as refeições.

FONTE: Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento - Braspen, 2019.

Publicado dia 10 de julho de 2025.

Intervenções destinadas a fornecer alimentos suficientes, de qualidade e quantidade adequada são de extrema importância, pois em muitos casos os idosos têm dificuldade de ingerir alimentos e a diversidade de sua dieta é reduzida. Conforme a ESPEN, os fatores ambientais desempenham um papel importante na atmosfera durante as refeições.

Os idosos devem receber uma alimentação em ambiente confortável, agradável, limpo, adaptado às suas necessidades a fim de assegurar a ingestão adequada de alimentos. O efeito estimulante da companhia durante a refeição parece depender do número de pessoas presentes durante a refeição, bem como do relacionamento entre elas.

Além do local onde a refeição será realizada, os móveis, os acompanhantes, sons do ambiente, odores, a temperatura, a iluminação, a acessibilidade aos alimentos, o tamanho das porções e a apresentação dos pratos podem favorecer um maior interesse pela refeição e maior ingestão.

De acordo com a Braspen (2019), refeições em estilo familiar e ouvir música suave durante a alimentação também são intervenções promissoras que melhoram o consumo de alimentos e bebidas por pessoas com demência.

FONTE: Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento - Braspen, 2019.

Publicado em 11 de julho de 2025.

Para melhorar a ingestão oral, a orientação nutricional, através de um processo contínuo de diálogo, é a primeira linha de terapia nutricional.

O cardápio deve ser adaptado para que este, além de saboroso, nutritivo e atrativo, facilite a mastigação e reduza o desconforto causado por algumas queixas. Lanches intermediários, pequenas porções de alimentos, enriquecimento calórico e proteico da dieta, suplementação oral, assistência no consumo e fatores ambientais (local, som, companhias...) refletem efeitos positivos na ingestão calórica proteica e, consequentemente, no alcance das necessidades nutricionais.

As características sensoriais dos alimentos (aparência, sabor, cor, aroma, textura) desempenham papel importante junto às preferências pessoais do idoso, deve-se ficar atento a consistência das preparações e as preferências ou aversões relatadas a fim de estimular o desejo e o prazer na alimentação.

A dificuldade na mastigação, na deglutição, a perda de elasticidade do tecido conectivo do trato digestório superior, a redução na produção de saliva e a menor sensibilidade de paladar e olfato limitam a capacidade de ingestão e aumentam o risco de desnutrição em idosos. Assim, preparações com textura modificada, saborosas e adequadas a cada paciente, auxiliam na ingestão oral, além de tornar o processo de deglutição mais seguro para o idoso disfágico, evitando a broncoaspiração.

A suplementação ou enriquecimento da dieta pode ser realizada adicionando alimentos naturais ou nutrientes específicos às refeições (módulos de proteínas em pó, maltodextrina, triglicerídeos de cadeia média…), podendo aumentar a densidade calórica e proteica de refeições e bebidas, sem grande aumento no volume.

FONTE: Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento - Braspen, 2019.