Publicado dia 03 de março de 2025.

De acordo com Diretriz da Braspen (2019), uma estimativa aproximada das necessidades totais de energia para pacientes idosos seria de 30 a 35 Kcal por Kg de peso corporal, contudo essa necessidade deve ser ajustada individualmente.

Para garantir uma ingestão calórica adequada aos idosos é necessário considerar fatores como gênero, estado nutricional, nível de atividade física, condição clínica, entre outros. Além disso, a adequação da ingestão calórica-proteica deve ser monitorada periodicamente por meio do controle do peso corporal, da capacidade funcional, de sinais e sintomas…

Assim, mesmo se tratando de idosos saudáveis, a necessidade energética diária indicada para um paciente idoso deve ser calculada de forma individualizada.

FONTE: Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento - Braspen, 2019.

Publicado dia 04 de março de 2025.

Uma ingestão adequada de proteínas ajuda a limitar e tratar declínios funcionais relacionados à perda gradual e progressiva de massa muscular e força que ocorre no processo natural de envelhecimento.

Nos idosos, é esperado o benefício do aumento da ingestão proteica, especialmente em relação àqueles com ingestão alimentar reduzida associada a maiores necessidades devido ao catabolismo das condições inflamatórias.

Há, inclusive, muitas razões pelas quais os idosos têm aumento de suas necessidades proteicas, tais como a resistência anabólica que prejudica a síntese proteica; a capacidade digestiva reduzida por menor secreção da mucosa gástrica; entre outros fatores.

Assim, com base nas evidências, a recomendação atual de proteínas para idosos saudáveis deve ser de 1,0 a 1,2 g/Kg de peso corporal/dia; para pacientes idosos com doença aguda ou crônica, de 1,2 a 1,5 g/Kg de peso corporal/dia, podendo chegar a 2,0 g/Kg de peso corporal/dia na presença de doença grave com maior perda de proteína devido ao elevado catabolismo proteico. Ressalta-se que essa quantidade deve ser ajustada individualmente de acordo com o estado nutricional, prática de atividade física, presença e tipo de patologia, etc.

FONTE: Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento - Braspen, 2019.

Publicado dia 05 de março de 2025.

O processo de envelhecimento leva a diversas modificações estruturais no intestino, como a atrofia da mucosa intestinal e do revestimento muscular que pode resultar em deficiência na absorção de nutrientes e contribuir para o surgimento de constipação intestinal.

As fibras dietéticas solúveis e insolúveis apresentam propriedades que favorecem o adequado funcionamento intestinal, sendo a recomendação para idosos: 25g ao dia associada a adequada ingestão de líquidos ao longo do dia.

Em relação aos micronutrientes, a recomendação para idosos deve seguir o proposto nas Dietary Reference Intakes (DRI’s), desde que não haja deficiência específica:

• Cálcio: 1200 mg/dia

• Ferro: 8 mg/dia

• Magnésio: 420 mg/dia para homens e 320 mg/dia para mulheres

• Zinco: 11 mg/dia para homens e 8 mg/dia para mulheres

• Vitamina D: 20 ug/dia

• Vitamina B12: 2,4 ug/dia

• Vitamina C: 90 mg/dia para homens e 75 mg/dia para mulheres

Em decorrência de uma prevalência crescente de doenças gastrointestinais e de uma reduzida biodisponibilidade de nutrientes, a suplementação de vitamina B12, cálcio e ferro merecem uma avaliação e reposição individualizada. A suplementação de vitamina D associada ou não a reposição de cálcio também deve ser considerada, já que idosos apresentam risco aumentado de deficiência dessa vitamina com maior chance de quedas e fraturas. 

FONTE: Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento - Braspen, 2019.